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Estudo científico demonstra alteração neural em alunos montessorianos

O novo estudo científico, publicado em 10/07/2024, comprovou que alunos Montessori possuem maior integração funcional geral e maior estabilidade neural, responsáveis pela modulação de habilidades cognitivas e sócio emocionais. Neste estudo publicado na Science of Learning, os autores utilizaram ressonância magnética funcional (fMRI) para avaliar diferenças funcionais em conectomas de estudantes provenientes da pedagogia Montessori e de métodos tradicionais. Os participantes educados em Montessori exibiram maior integração geral do sistema multifuncional e maior estabilidade neural em comparação com seus pares das escolas tradicionais. Isso sugere que a abordagem educacional pode influenciar a dinâmica cerebral específica.


Sala de aula Montessoriana, Montessori

Os resultados observados para essas redes são particularmente interessantes no contexto da educação, pois estão envolvidos de forma confiável no controle atencional flexível. A rede neural estudada normalmente responde a estímulos inesperados, mas comportamentalmente relevantes, e está implicada em subprocessos atencionais, como a seleção atencional controlada de cima para baixo.


Uma descoberta fascinante e potencialmente transformadora para a educação global foi publicada na renomada revista Science of Learning. O estudo, liderado por cientistas da Universidade de Lausanne, revelou que alunos educados pelo método Montessori possuem uma maior integração funcional e estabilidade neural em comparação aos seus colegas provenientes de escolas tradicionais. Essas diferenças cerebrais foram identificadas através de exames avançados de ressonância magnética funcional (fMRI) e podem ser a chave para entender os impactos da pedagogia no desenvolvimento cognitivo e emocional.


O que torna o cérebro Montessori único?

Pesquisadores analisaram 87 estudantes, entre 4 e 18 anos, de escolas Montessori e tradicionais. Os resultados apontaram que os alunos do método Montessori exibiram maior integração entre sistemas cerebrais e maior estabilidade neural. Essas características refletem uma capacidade superior de modular habilidades como foco, criatividade e controle socioemocional. “Essas redes neurais estão diretamente ligadas à atenção flexível e à capacidade de resposta a estímulos relevantes, características que moldam a aprendizagem ao longo da vida”, explicaram os autores.


A ciência por trás da pedagogia

O estudo utilizou uma abordagem inovadora conhecida como conectoma espaciotemporal, que permite observar padrões dinâmicos de conectividade cerebral. As diferenças mais marcantes foram detectadas nas redes cerebrais responsáveis pela atenção dorsal e ventral, sistemas somatomotores e frontoparietais. Essas áreas são cruciais para funções executivas como memória de trabalho e resolução de problemas.

Alunos Montessori também apresentaram maior atividade na rede funcional cerebelar, que é conhecida por sua relação com habilidades motoras finas e funções cognitivas avançadas, como linguagem e memória.


O impacto prático na educação

De acordo com os cientistas, as práticas únicas do método Montessori – aprendizado baseado em tentativa e erro, atividades multisensoriais e autonomia do estudante – são fatores-chave para o desenvolvimento de redes neurais mais integradas e estáveis. “Este estudo não apenas reforça os benefícios educacionais do método Montessori, mas também sugere que o tipo de pedagogia adotada pode moldar significativamente a dinâmica cerebral durante o desenvolvimento infantil”, destacou Solange Denervaud, coautora do estudo.


Uma nova era para a pedagogia

As descobertas desafiam educadores e formuladores de políticas a repensarem abordagens tradicionais de ensino. Além de corroborar análises anteriores que apontam maior atenção e criatividade em alunos Montessori, o estudo também abre caminhos para novas investigações sobre a relação entre educação e neuroplasticidade.


E agora?

Com evidências científicas tão contundentes, o método Montessori ganha ainda mais força como uma alternativa educacional de impacto duradouro. Para pais, escolas e governos, essa pode ser a oportunidade de alinhar práticas pedagógicas com o que há de mais avançado na ciência do cérebro.




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